\u00c9 ineg\u00e1vel o impacto que a a\u00e7\u00e3o do Ser Humano tem sobre a biodiversidade em Portugal, na Europa e no Mundo. Assistimos a uma perda dram\u00e1tica da biodiversidade com profundas consequ\u00eancias para o mundo natural e para o bem-estar de todas e todos. As principais causas s\u00e3o as altera\u00e7\u00f5es nos habitats, resultantes dos sistemas intensivos de produ\u00e7\u00e3o agr\u00edcola, da constru\u00e7\u00e3o, da explora\u00e7\u00e3o das florestas, oceanos, rios, lagos e solos, da polui\u00e7\u00e3o e das altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas globais. Pese embora a UE tenha delineado estrat\u00e9gias para colmatar este decl\u00ednio, ao n\u00e3o alterar o seu modo de produzir, distribuir e consumir produtos, bens e servi\u00e7os, tal como a sua g\u00e9nese antropoc\u00eantrica de a\u00e7\u00e3o, os resultados desastrosos est\u00e3o \u00e0 vista. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a ONU desde 1970, o Planeta perdeu 60% dos mam\u00edferos, aves, peixes e r\u00e9pteis e os seus respons\u00e1veis alertam que esta perda de biodiversidade \u00e9 um “assassino silencioso”. Concretamente, na UE a agropecu\u00e1ria \u00e9 respons\u00e1vel pela ocupa\u00e7\u00e3o de 71% das terras ar\u00e1veis, o leva a mais press\u00e3o sobre os habitats terrestres e ,consequentemente,polui ainda mais os marinhos. Tendo em considera\u00e7\u00e3o a urg\u00eancia do tema e da aplica\u00e7\u00e3o de a\u00e7\u00f5es concretas, o PAN prop\u00f5e-se a: <\/p>\n\n\n\n

• Garantir o cumprimento da estrat\u00e9gia e expans\u00e3o dos corredores ecol\u00f3gicos nacionais e internacionais, de modo a assegurar uma maior e mais segura mobilidade de esp\u00e9cies animais e favorecendo o interc\u00e2mbio gen\u00e9tico de popula\u00e7\u00f5es entre as diferentes \u00e1reas nucleares de conserva\u00e7\u00e3o;<\/li>
• Assegurar que os corredores ecol\u00f3gicos sejam zonas de n\u00e3o ca\u00e7a, que permitam o ref\u00fagio cineg\u00e9tico, de modo a garantir o crescimento e expans\u00e3o de popula\u00e7\u00f5es animais, tais como veados, linces, lobos, entre outros;<\/li>
• Travar a intensifica\u00e7\u00e3o das monoculturas agr\u00edcolas de modo a preservar a riqueza biol\u00f3gica dos solos, das culturas e dos ecossistemas;<\/li>
• Desincentivar a importa\u00e7\u00e3o e o consumo de produtos com elevada pegada quilom\u00e9trica fomentando, inversamente, a produ\u00e7\u00e3o local e regional;<\/li>
• Incentivar o uso de embalamento biodegrad\u00e1vel na agricultura, quer atrav\u00e9s da redu\u00e7\u00e3o da carga fiscal, quer atrav\u00e9s de linhas de financiamento para uma agricultura mais \u00e9tica e sustent\u00e1vel;<\/li>
• Determinar o fim da cria\u00e7\u00e3o, planta\u00e7\u00e3o, cultivo e venda de Organismos Geneticamente Modificados (OGM); <\/li>
• Garantir a preserva\u00e7\u00e3o e n\u00e3o comercializa\u00e7\u00e3o, por patentes, de sementes livres, estabelecendo assim a propriedade coletiva das sementes tradicionais e  refor\u00e7ando a soberania alimentar dos povos; <\/li>
• Apoiar programas de conten\u00e7\u00e3o e erradica\u00e7\u00e3o de esp\u00e9cies infestantes de modo a proteger a bio variedade aut\u00f3ctone;<\/li>
• Minimizar os impactos da ind\u00fastria de extra\u00e7\u00e3o de min\u00e9rios, refor\u00e7ando a reutiliza\u00e7\u00e3o de res\u00edduos decorrentes do sector numa economia circular;<\/li>
• Expandir o quadro regulat\u00f3rio para travar a expans\u00e3o da polui\u00e7\u00e3o luminosa;<\/li>
• Criar zonas buffer<\/em>e livres de polui\u00e7\u00e3o luminosa;<\/li>
• Recusar o aligeirar dos requisitos na Diretiva Quadro da \u00c1gua, Diretiva Aves e Diretiva Habitat;<\/li>
• Refor\u00e7ar a monitoriza\u00e7\u00e3o e a redu\u00e7\u00e3o do impacto da polui\u00e7\u00e3o sonora atrav\u00e9s do melhoramento t\u00e9cnico de bens e servi\u00e7os, nomeadamente apostando na mobilidade el\u00e9ctrica individual e colectiva, tal como na melhoria do isolamento ac\u00fastico dos edif\u00edcios; <\/li>
• Implementar pol\u00edticas para a prote\u00e7\u00e3o de polinizadores, promovendo a ado\u00e7\u00e3o de estrat\u00e9gias locais e municipais para garantir a resili\u00eancia e expans\u00e3o destas col\u00f3nias, nomeadamente das abelhas;<\/li>
• Incentivar a refloresta\u00e7\u00e3o aut\u00f3ctone e sua correta ordena\u00e7\u00e3o territorial;<\/li>
• Terminar com o uso de micropl\u00e1sticos em cosm\u00e9ticos, produtos de limpeza e de higiene;<\/li>
• Terminar com o uso de \u00f3leo de palma em biocombust\u00edveis nacionais e europeus;<\/li>
• Travar a importa\u00e7\u00e3o e o consumo de \u00f3leo de palma de pa\u00edses com produ\u00e7\u00e3o intensiva e sem garantias ambientais;<\/li>
• Terminar com a pol\u00edtica de financiamento do Banco Europeu de Investimentos a projetos ambientalmente catastr\u00f3ficos como sistemas de regadios, grandes barragens, unidades de prospe\u00e7\u00e3o e extra\u00e7\u00e3o petrol\u00edferas, entre outros; <\/li>
• Refor\u00e7ar a prote\u00e7\u00e3o do Patrim\u00f3nio Natural e incentivar a classifica\u00e7\u00e3o de novas \u00e1reas protegidas.<\/li><\/ul>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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