Lisboa, 25 de maio de 2020 \u2013 <\/strong>O Grupo Municipal de Lisboa do Partido PAN (Pessoas-Animais-Natureza) apresenta amanh\u00e3, na Assembleia Municipal de Lisboa, uma recomenda\u00e7\u00e3o para salvaguardar as \u00e1rvores da cidade e colocar fim \u00e0s podas excessivas e ao abate de exemplares adultos e saud\u00e1veis. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a legisla\u00e7\u00e3o em vigor, as autarquias e as juntas de freguesia det\u00eam compet\u00eancias pr\u00f3prias na gest\u00e3o e manuten\u00e7\u00e3o do arvoredo, incluindo a poda, o abate e a remo\u00e7\u00e3o de \u00e1rvores. No entanto, a gest\u00e3o dos espa\u00e7os verdes na cidade de Lisboa \u00e9 constantemente alvo de pol\u00e9mica por serem recorrentemente tomadas decis\u00f5es radicais, nomeadamente o abate de \u00e1rvores adultas e saud\u00e1veis, ao inv\u00e9s destas \u00e1rvores serem incorporadas na proje\u00e7\u00e3o de novos espa\u00e7os ou serem feitas podas cuidadas. <\/p>\n\n\n\n

\u201cConstata-se uma certa perversidade na pr\u00e1tica de abate de \u00e1rvores para criar espa\u00e7os verdes, o que \u00e9 altamente imprudente face \u00e0 crise clim\u00e1tica que vivemos. Para al\u00e9m das \u00e1rvores jovens n\u00e3o proporcionarem os mesmos efeitos de uma \u00e1rvore adulta, muitas das \u00e1rvores jovens que t\u00eam sido plantadas no \u00e2mbito de projetos de requalifica\u00e7\u00e3o n\u00e3o sobrevivem por falta de cuidados, existindo mesmo casos de transplantes de \u00e1rvores que n\u00e3o vingaram e acabaram por morrer. Acresce ainda que este \u00e9 um processo no qual a posi\u00e7\u00e3o e o interesse dos cidad\u00e3os n\u00e3o \u00e9 ouvida nem respeitada\u201d, explica a deputada In\u00eas de Sousa Real. <\/p>\n\n\n\n

O Grupo Municipal do PAN pretende assim recomendar \u00e0 C\u00e2mara Municipal de Lisboa que previamente \u00e0 tomada de decis\u00e3o de abate, passe a ser aferido, caso a caso, o real e afetivo risco de problemas estruturais ou fitossanit\u00e1rios identificados que justifiquem uma medida t\u00e3o radical<\/strong>; n\u00e3o sejam executados quaisquer trabalhos de poda, abate ou de remo\u00e7\u00e3o de cepos durante o per\u00edodo de nidifica\u00e7\u00e3o de aves<\/strong>; seja introduzida uma altera\u00e7\u00e3o ao Regulamento Municipal do Arvoredo para que<\/strong>, para al\u00e9m da exist\u00eancia de problemas estruturais ou fitossanit\u00e1rios, passe a ser avaliada a longevidade das esp\u00e9cies arb\u00f3reas em quest\u00e3o e os riscos decorrentes do seu abate para a biodiversidade<\/strong> e para que seja promovida a consulta junto de associa\u00e7\u00f5es do sector, ONG\u2019s e grupos de moradores que possam vir a ser afetados<\/strong>. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste tipo de tratamento perante a biodiversidade da nossa cidade n\u00e3o encaixa naquela que \u00e9 a Capital Verde 2020. Distin\u00e7\u00e3o esta que, ali\u00e1s, \u00e9 cada vez mais contestada por parte dos mun\u00edcipes, que n\u00e3o se conformam com a forma como est\u00e1 a ser tratado o patrim\u00f3nio arb\u00f3reo de Lisboa, numa pol\u00edtica que coloca em causa o compromisso que nos deve mobilizar a todos – de preserva\u00e7\u00e3o do meio ambiente e do combate \u00e0s altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas\u201d, remata a deputada In\u00eas de Sousa Real. <\/p>\n\n\n\n

Recomenda\u00e7\u00e3o pode ser consultada em <\/strong>https:\/\/www.am-lisboa.pt\/302000\/1\/014163,000420\/index.ht<\/a><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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