A hidroterapia (uso da \u00e1gua) em trabalho de parto \u00e9 uma ferramenta de gest\u00e3o e controlo de dor n\u00e3o farmacol\u00f3gica, potenciadora do parto fisiol\u00f3gico, validada pela evid\u00eancia cient\u00edfica e amplamente utilizada em pa\u00edses como o Reino Unido, Holanda, Dinamarca, B\u00e9lgica, Canad\u00e1, Nova Zel\u00e2ndia, Alemanha, Su\u00e9cia, Austr\u00e1lia, entre outros.<\/p>\n\n\n\n
Em Portugal, a hidroterapia em trabalho de parto continua a ser um luxo, pois s\u00f3 \u00e9 acess\u00edvel para alguns, n\u00e3o estando ainda dispon\u00edvel no Servi\u00e7o Nacional de Sa\u00fade de forma generalizada, sendo esta ferramenta atualmente disponibilizada apenas no Centro Hospitalar P\u00f3voa de Varzim – Vila do Conde.<\/p>\n\n\n\n
S\u00e3o v\u00e1rios os relatos de fam\u00edlias que se deslocam de diversos pontos do pa\u00eds, incluindo Ilhas, para o Centro Hospitalar P\u00f3voa de Varzim – Vila do Conde, de modo a usufru\u00edrem da possibilidade da utiliza\u00e7\u00e3o da \u00e1gua no seu parto, ferramenta essencial para a redu\u00e7\u00e3o de interven\u00e7\u00f5es durante o trabalho de parto e parto.<\/p>\n\n\n\n
Nos \u00faltimos sete anos, de forma consistente e consecutiva, o Centro Hospitalar P\u00f3voa de Varzim – Vila do Conde tem aumentado o seu n\u00famero de partos, passando de 737 partos em 2014, para 1265 em 2019, um aumento de 71% em apenas 5 anos, uma evolu\u00e7\u00e3o em sentido contr\u00e1rio ao restante panorama nacional.<\/p>\n\n\n\n
Este aumento deve-se em grande parte \u00e0 utiliza\u00e7\u00e3o de t\u00e9cnicas promotoras de melhores experi\u00eancias de parto para a mulher e fam\u00edlia, como \u00e9 a hidroterapia, por parte desta maternidade e dos seus profissionais de sa\u00fade.<\/p>\n\n\n\n
V\u00e1rios estudos j\u00e1 demonstraram que a utiliza\u00e7\u00e3o da \u00e1gua durante todas as fases trabalho de parto \u00e9 uma op\u00e7\u00e3o segura em mulheres saud\u00e1veis com gravidez de baixo risco, resultando em taxas mais baixas de episiotomias, taxas mais altas de per\u00edneos intactos em locais com altas taxas de episiotomias, menos medicamentos para al\u00edvio da dor e maior satisfa\u00e7\u00e3o da mulher com a sua experi\u00eancia de parto.<\/p>\n\n\n\n
As mais recentes diretrizes da Organiza\u00e7\u00e3o Mundial da Sa\u00fade (OMS) definem como priorit\u00e1ria a redu\u00e7\u00e3o de interven\u00e7\u00f5es m\u00e9dicas desnecess\u00e1rias no parto, contrariando a crescente medicaliza\u00e7\u00e3o que se tem verificado em partos normais.<\/p>\n\n\n\n
A OMS recomenda, pois, que as mulheres possam ter garantidas condi\u00e7\u00f5es de parto seguras, com profissionais qualificados e equipamento adequado, criando as melhores condi\u00e7\u00f5es para a viv\u00eancia da experi\u00eancia de parto.<\/p>\n\n\n\n