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<\/figure>\n\n\n\nTendo este desafio como base para uma reflex\u00e3o cabe-nos, como colectivo pol\u00edtico partid\u00e1rio e movimento social, compreender os v\u00e1rios fen\u00f3menos que afastam os cidad\u00e3os e as cidad\u00e3s da pol\u00edtica e das elei\u00e7\u00f5es mas sobretudo encontrar solu\u00e7\u00f5es pr\u00e1ticas, pragm\u00e1ticas, n\u00e3o demag\u00f3gicas e reais para os problemas que Portugal mas tamb\u00e9m que a Europa, como um todo, tem pela frente.<\/p>\n\n\n\n
Ser\u00e1 razo\u00e1vel num cen\u00e1rio profundo de altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas n\u00e3o priorizar uma revolu\u00e7\u00e3o verdadeiramente verde na Europa? Onde a descentraliza\u00e7\u00e3o da produ\u00e7\u00e3o, distribui\u00e7\u00e3o e consumo de energia esteja nas m\u00e3os das comunidades e n\u00e3o meramente de grandes ind\u00fastrias? Somos apologistas e defensores do mercado livre mas bem sabemos que sem supervis\u00e3o ou mecanismos de controlo estas liberdades tornam-se grilh\u00f5es para todos n\u00f3s tal como subjugam o ambiente \u00e0 economia do dia-a-dia. Tamb\u00e9m convenhamos que ter um Estado ou uma Europa mais centralizada e centralizadora pouco beneficia esta independ\u00eancia energ\u00e9tica. H\u00e1 que conseguir um equil\u00edbrio din\u00e2mico entre as comunidades e as empresas para garantir a redu\u00e7\u00e3o dr\u00e1stica de emiss\u00f5es de CO2 dentro de Portugal e na Uni\u00e3o Europeia.<\/p>\n\n\n\n
Para tal, urge criarmos estas estruturas descentralizadas para garantirmos mais independ\u00eancia de combust\u00edveis f\u00f3sseis nomeadamente de g\u00e1s do Norte de \u00c1frica e da R\u00fassia, tal como de petr\u00f3leo tamb\u00e9m da R\u00fassia, da Nig\u00e9ria, da Noruega, etc. Os dados Europeus s\u00e3o esclarecedores<\/a>e demonstram o qu\u00e3o a nossa geoestrat\u00e9gia pol\u00edtica, comercial, econ\u00f3mica e social est\u00e1 dependente destas importa\u00e7\u00f5es, est\u00e1 restrita a estes pa\u00edses. Importa tamb\u00e9m garantirmos que teremos uma transi\u00e7\u00e3o para um modelo descentralizado mas sem nuclear. \u00c9 impens\u00e1vel continuarmos a apostar num mix energ\u00e9tico que n\u00e3o \u00e9 100% renov\u00e1vel e limpo. Demorar\u00e1 tempo sim mas precisarmos de ter uma voz firme na Europa para abrir este caminho.<\/p>\n\n\n\n E por falarmos em geopol\u00edtica, n\u00e3o podemos deixar de questionar o que nunca foi questionado pelos partidos tradicionais. Far\u00e1 sentido econ\u00f3mico, financeiro, \u00e9tico mas sobretudo ambiental continuarmos a defender o disp\u00eandio milh\u00f5es de euros nacionais e Europeus de subs\u00eddios e incentivos para \u00e1reas agroindustriais intensivas como a pecu\u00e1ria e as pescas? Aqui estamos a distorcer, de um modo muito negativo, o mercado pois n\u00e3o investimos em ind\u00fastrias que trazem um retorno positivo e mais valias econ\u00f3micas, como a agricultura biol\u00f3gica. H\u00e1 uma clara falta de vis\u00e3o mas sobretudo dificuldade de passar os dados cient\u00edficos para as ideologias e eleitorados tradicionais. Dizer que n\u00e3o podemos continuar a financiar as ind\u00fastrias Europeias da carne, do leite e das pescas s\u00f3 porque sempre o fizemos. Esta altera\u00e7\u00e3o do modo como produzimos, distribu\u00edmos e consumimos produtos alimentares na Europa, como os subsidiamos e financiamos leva tamb\u00e9m a grandes instabilidades geopol\u00edticas noutros pa\u00edses. Enquanto n\u00e3o compreendermos e adoptarmos pol\u00edticas p\u00fablicas que nos garantam que devemos produzir, distribuir e consumir local, ou regional, num sistema realmente circular n\u00e3o conseguiremos garantir a soberania alimentar de Portugal, da Uni\u00e3o Europeia. E com isto, mais uma vez, n\u00e3o conseguiremos garantir as metas do acordo de Paris.<\/p>\n\n\n\n Temos tamb\u00e9m que estar atentos e bloquearmos as tentativas de mercantilizar os nossos oceanos sobre a capa da Economia Azul<\/a>e do Crescimento Azul Europeu<\/a>. Mais uma vez s\u00f3 se fala em crescimento, em postos de trabalho e n\u00e3o na preserva\u00e7\u00e3o dos ecossistemas mar\u00edtimos. Esta \u00e9 uma porta aberta na Europea, em nome do produtivismo, para se iniciar a explora\u00e7\u00e3o min\u00e9rios em \u00e1guas profundas<\/a>. <\/p>\n\n\n\n Precisamos de uma Europa mais Ecol\u00f3gica, mais unida mas sobretudo mais virada para os reais anseios dos seus cidad\u00e3os. Estamos tamb\u00e9m certos que \u00e9 imposs\u00edvel pensar numa Uni\u00e3o Europeia que n\u00e3o seja mais solid\u00e1ria com os imigrantes, que defenda o valor intr\u00ednseco de todos os animais, que garanta os direitos da comunidade LGBTI, que preze n\u00e3o pelo militarismo mas pela promo\u00e7\u00e3o da paz pela diplomacia e que garanta a sua unicidade econ\u00f3mica favorecendo pol\u00edticas Europeias e p\u00fablicas que n\u00e3o coloquem os pa\u00edses mais debilitados sob o peso da d\u00edvida.<\/p>\n\n\n\n Muito h\u00e1 para fazer mas unidos conseguiremos mostrar que \u00e9 poss\u00edvel uma Europa virada para o s\u00e9culo XXI e n\u00e3o presa a ideologias do s\u00e9culo XIX.<\/p>\n\n\n\n 31 de julho de 2018<\/strong><\/p>\n\n\n\n Tendo este desafio como base para uma reflex\u00e3o cabe-nos, como colectivo pol\u00edtico partid\u00e1rio e movimento social, compreender os v\u00e1rios fen\u00f3menos que afastam os cidad\u00e3os e as cidad\u00e3s da pol\u00edtica e das elei\u00e7\u00f5es mas sobretudo encontrar solu\u00e7\u00f5es pr\u00e1ticas, pragm\u00e1ticas, n\u00e3o demag\u00f3gicas e reais para os problemas que Portugal mas tamb\u00e9m que a Europa, como um todo, […]<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_acf_changed":false,"om_disable_all_campaigns":false,"_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"footnotes":""},"categories":[360,362,422],"tags":[368],"class_list":["post-5706","post","type-post","status-publish","format-standard","hentry","category-europeias","category-pan","category-politica-internacional","tag-opiniao"],"acf":[],"aioseo_notices":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/pan.com.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/5706","targetHints":{"allow":["GET"]}}],"collection":[{"href":"https:\/\/pan.com.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/pan.com.pt\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/pan.com.pt\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/pan.com.pt\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=5706"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/pan.com.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/5706\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/pan.com.pt\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=5706"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/pan.com.pt\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=5706"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/pan.com.pt\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=5706"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}Francisco Guerreiro, membro da Comiss\u00e3o Pol\u00edtica Nacional<\/h3>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"