O PAN/Açores deu entrada, na Assembleia Legislativa Regional, de uma Anteproposta de Lei que pretende o fim dos benefícios fiscais, a nível nacional, dos partidos políticos.
PAN/Açores considera injusta a isenção dos partidos políticos no pagamento do IMI, IMT, ISV e impostos sucessórios, e insiste na eliminação destes benefícios.
Temos assistido a um crescimento invulgar do património dos partidos políticos. Sendo que este património, na sua larga maioria, está isento do pagamento dos impostos a que a maioria dos cidadãos está sujeito”, refere o Deputado Regional Pedro Neves.
Prova disso são as declarações dos partidos políticos à Entidade de Contas e Financiamento dos Partidos, em que os imóveis declarados ascendem a largas dezenas de milhões de euros, e grande parte destes está isenta do pagamento de IMI, por exemplo. É receita que o Estado e os municípios estão a perder que, além de sobrecarregar o contribuinte, é uma isenção perfeitamente injusta.
É com base nessa premissa que o PAN/Açores quer uma alteração à lei, o que, a concretizar-se, irá permitir ao Estado arrecadar uma quantia significativa e considerável que todos os anos fica por cobrar devido às isenções que a Lei n.º 19/2003, de 20 de junho, prevê. Em paralelo, a iniciativa obrigará os partidos políticos a uma gestão prudente do seu património, financiado com recurso ao erário público.
“Esta alteração que propomos, de âmbito nacional, é um meio para um sistema fiscal mais justo, equitativo e transparente e tendo em conta o contexto sanitário global e o impacto económico-financeiro que daí resulta, há que cortar excessos e os partidos políticos têm que ser os primeiros a dar o exemplo”, afirma o parlamentar Pedro Neves.