O PAN/Açores apresentou no plenário de Março da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores o voto de congratulação pela celebração do Dia da Mulher
O Dia da Mulher é comemorado desde 1975, como data oficialmente registada pelas Nações Unidas. Historicamente, marca um avanço simbólico depois de várias lutas no fim do século XIX e início do século XX, particularmente vigorosas, dentro de contextos políticos e partidários pela reivindicação de direitos, como, por exemplo, o voto.
Para o PAN/Açores o Dia da Mulher não marca apenas uma postura feminista na sociedade que vivemos, mas celebra, acima de tudo, a conquista. A conquista do feminino, da mulher numa esfera tão englobante quanto as vitórias das mulheres nos mais diversos contextos étnicos, culturais, socioeconómicos e políticos.
Contudo, há ainda um longo caminho a trilhar e percorrer, no que respeita à igualdade de género. Apesar das mulheres serem iguais aos homens aos olhos da legislação portuguesa, as desigualdades salariais saltam à vista. Em 2020 registou-se uma percentagem de disparidade salarial ao nível dos 14% a menos, em quase todos os tipos de contrato e grupos etários. Estas diferenças sobressaem ao nível dos cargos técnicos mais diferenciados onde o valor salta para 26,1%.
Também é verdade que as mulheres, infelizmente, encontram-se sub-representadas em determinadas profissões e sectores de atividade, bem como nas áreas de gestão e em cargos de decisão onde os níveis salariais são mais altos.
Assim, para o PAN/Açores, em 2021, ano de recuperação de uma Pandemia que ainda nos confina, devemos olhar para a mulher como um motor e fonte para essa regeneração. A mulher conseguiu ser o exemplo de fragmentação de atividades diversas e díspares, tantas quanto a própria sociedade exige dela, logo, a luta pela igualdade de género não pode deixar de se centrar na discussão.
Saudamos, por isto, todas as mulheres, as associações e movimentos cívicos que atuam na área dos direitos humanos e das mulheres. Prestamos a nossa homenagem a todas as mulheres e homens, assim como os movimentos associativos, que lutam contra a discriminação e violência de género e, uma palavra especial, sobretudo, às vítimas que sofreram e sofrem nas mãos da discriminação e violência de género.
O PAN/Açores destacou, ainda, algumas mulheres que marcaram a história e, particularmente a deste ano.
No campo do desporto, a atleta terceirense Ana Margarida Filipe que trouxe, uma vez mais para os Açores, 4 medalhas pela sua representação nacional nos campeonatos da Europa de atletismo adaptado de pista coberta. Desta feita, e apesar da pandemia que condicionou os treinos, a atleta conquistou quatro medalhas e ultrapassou os seus recordes pessoais, pelo que lhe dedicamos este voto sem esquecer a sua treinadora, Paula Costa.
A cientista Elvira Fortunato, vencedora do Prémio Pessoa 2020, engenheira de materiais, tem já uma larga lista de invenções e inovações onde se destaca o transístor de papel. Esta inovação eleva a importância das mulheres no mundo da ciência e da cultura, em plena pandemia, a um nível de excelência dentro e fora do país e espelha o contributo notável para o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação português.
O voto de congratulação apresentado pelo PAN foi aprovado por unanimidade.