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PAN/Açores preocupado com impactos da massificação do turismo

A Representação Parlamentar do PAN/Açores reuniu, na passada semana, com a AGITA – Associação de Guias de Informação Turística dos Açores, na sequência de um episódio de agressão a um guia turístico por parte de um visitante, para discutir a crescente pressão exercida sobre os profissionais do sector, bem como a necessidade de implementar medidas que protejam o património natural e a sustentabilidade do arquipélago enquanto destino turístico “amigo do ambiente”. 

No decorrer da reunião, o partido identificou várias lacunas que exigem resposta urgente por parte das entidades competentes, nomeadamente a ausência de Vigilantes da Natureza, a proliferação de trilhos não oficiais – que representam perigo tanto para turistas, locais, como para o ecossistema – e a inexistência de sinalética adequada de sensibilização e alerta, apontadas como falhas críticas que comprometem a segurança e a experiência turística nos Açores, fomentando comportamentos negligentes. São essas lacunas que serviram de base às perguntas dirigidas ao Governo.  

A par disso, o PAN/Açores ouviu as preocupações da Associação relativamente ao impacte do elevado número de viaturas de aluguer, que congestiona vias e zonas sensíveis, sobretudo nos locais com maior fluxo turístico, defendendo a implementação de limites diários e simultâneos de visitantes, reorganização da mobilidade, direccionada para a utilização de transportes públicos acessíveis, serviços de shuttle e soluções de mobilidade suave que respeitem os ritmos naturais das ilhas. 

O Deputado, Pedro Neves, reforçou a necessidade de uma gestão diferenciada entre ilhas, considerando o impacto heterogéneo do turismo no arquipélago, afirmando que “existem realidades muito distintas que exigem respostas ajustadas e equitativas para evitar a massificação nalgumas ilhas”.

“A sustentabilidade dos Açores enquanto destino de turismo sustentável não se pode limitar a um slogan. Deve traduzir-se em medidas concretas e eficazes que salvaguardem o equilíbrio entre o acolhimento turístico, a protecção dos nossos recursos naturais e a comunidade, por forma a que a Região seja efectivamente um destino que respeita a natureza, protege quem o visita e valoriza quem?o?dá?a?conhecer”.