O PAN – Pessoas-Animais-Natureza inquiriu o Ministério do Ambiente e Ação Climática sobre a recente decisão dos TST relacionada com a alteração na prestação do serviço público de transportes rodoviários, no distrito de Setúbal, nomeadamente a suspensão total e diminuição de carreiras.
Desde a semana passada que os utentes da TST lidam com este constrangimento adicional às suas rotinas de viagem, no distrito de Setúbal e na ligação à capital. A empresa, alegando questões de sustentabilidade – durante o mês de março terá tido apenas uma procura de 10% – bem como de saúde pública, suspendeu completamente as carreiras que garantem a ligação direta da margem sul do Tejo a Lisboa. Nas carreiras que circulam no distrito houve também redução nos horários.
“Há utentes que ficaram completamente privados de uma ligação direta a Lisboa, como é o caso dos que utilizam a carreira 333 que liga o Vale da Amoreira, na Moita, à Gare do Oriente”, refere Cristina Rodrigues, deputada do PAN eleita pelo círculo de Setúbal. “Estas pessoas ficam sem qualquer alternativa rápida e confortável para as suas deslocações diárias e necessárias, tendo agora que efetuar estas viagens com recurso a trajetos maiores e mais complexos”.
No entender do PAN, é também muito preocupante a situação dos mais de 500 trabalhadores da TST colocados em lay-off, uma vez que “apesar de a empresa ter referido que esta situação é temporária, não existem garantias sobre quanto tempo esta situação vai durar”, afirma a deputada.
“Por outro lado, não há qualquer informação sobre a existência de linhas de crédito específicas para o setor dos transportes públicos, o que pode comprometer o futuro não só das empresas que nele atuam como dos seus funcionários e dos utentes para os quais as deslocações em transportes públicos são uma necessidade básica”, conclui Cristina Rodrigues.
Recorde-se que o grupo detentor da TST, a Arriva Portugal, opera em diversos concelhos do Norte, em Lisboa e na margem sul do Tejo e anunciou que 68% dos seus trabalhadores em Portugal (cerca de 1.500 pessoas) iam passar a regime de ‘lay-off’ a partir de 9 de abril.