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Eurodeputado do PAN organiza evento sobre recursos piscícolas e a necessidade de regulamentar a sua proteção

Cartaz Rethink Fish

Exposição no Parlamento Europeu sobre a piscicultura e as atuais falhas da legislação que protege os peixes contará com o apoio da ONG Internacional Compassion in World Farming

O Eurodeputado do PAN, Francisco Guerreiro, em cooperação com a ONG internacional Compassion in World Farming (CIWF) organiza no próximo dia 12, às 13h30, no Parlamento Europeu, o evento de abertura da exposição Rethink Fish. O evento tem como objetivo consciencializar o público, incluindo os outros Eurodeputados, para a sobreexploração dos recursos piscícolas e para a senciência e inteligência dos peixes, apelando à necessidade de regulamentar adequadamente a proteção do seu bem-estar.

O evento contará com uma exposição fotográfica e informativa e decorrerá de dia 11 a 14 de novembro 2019.

Segundo a WWF quase 30% das unidades populacionais de peixes pescados para fins comerciais são sobreexploradas, mais de 60% dos stocks de peixe estão totalmente pescados e a aquicultura é o sector com o crescimento mais rápido dentro da industria alimentar.

Atualmente a sobrepesca é uma das maiores ameaças à saúde dos mares e dos seus seres que neles habitam. Sendo a Europa o maior importador de peixe do Mundo, um dos blocos com mais acordos comerciais nesta área, e sendo que o setor da piscicultura é fortemente incentivado por fundos da União Europeia, regulamentar com legislação concreta a proteção dos peixes torna-se imperativo.

As politicas económicas, os financiamentos nacionais e europeus aumentam a pressão sobre os recursos marinho e condicionam a melhoria das condições de vida destes seres marinhos, sobretudo quando falamos na intensificação da produção em modo de aquicultura”, afirma Francisco Guerreiro. “Os seres marinhos são os parentes pobres quando falamos na preservação da biodiversidade e é fundamental garantir que a União Europeia seja o epicentro das melhores práticas piscícolas no Mundo. A atual legislação que protege os peixes é vaga, insuficiente e incumprida (sem ser sancionada) pelos Estados-Membros – isto tem de mudar”, termina o eurodeputado.