Realizou-se este domingo, dia 16 de março, em Braga, o Encontro Nacional da Imprensa Regional e Local. A Porta-Voz do PAN trouxe a visão do Partido sobre a importância da Imprensa Regional e Local no nosso país.
“A imprensa desempenha um papel fundamental na construção e manutenção da democracia em Portugal”, afirmou a porta-voz do PAN, lembrando as palavras do ensaísta Eduardo Lourenço “Não vivíamos num país real, mas numa Disneylândia qualquer, sem escândalos, sem suicídios nem verdadeiros problemas.” Este estado de ilusão foi desafiado por vozes corajosas, como as das Três Marias — Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa — que, com o seu livro “Novas Cartas Portuguesas”, ousaram questionar a moral imposta pela ditadura. A sua luta pela liberdade de expressão é um marco que devemos sempre recordar.
Com a Revolução dos Cravos, a censura foi derrubada e a liberdade de imprensa foi consagrada na Constituição de 1976. Este ano, celebramos 50 anos da Lei da Imprensa, um momento histórico que permitiu à comunicação social nacional e regional florescer e participar ativamente na transformação social e política do país. As redações tornaram-se espelhos da agitação nas ruas, refletindo a vontade do povo por mudança.
Propostas do PAN para a Comunicação Social Regional
A realidade atual é preocupante. Os órgãos de comunicação social locais, que desempenham um papel crucial na coesão territorial e na divulgação de notícias que, de outra forma, cairiam no esquecimento, têm enfrentado sérias dificuldades. O abandono por parte do Estado e os desafios da transição digital ameaçam a sua sobrevivência. O PAN, consciente desta situação, apresentou uma proposta aprovada no Orçamento do Estado deste ano, visando garantir o apoio necessário para que esses meios possam preservar o seu espólio e conteúdo noticioso.
O PAN defende um maior investimento nos meios de comunicação locais, essenciais para a pluralidade da informação e a coesão social. Promover a literacia mediática é igualmente crucial, permitindo que os cidadãos aprendam a distinguir entre o verdadeiro e o falso. A transparência nos processos de aquisição de grupos de comunicação social é vital para assegurar que os interesses financeiros não se sobreponham ao interesse público.
O apoio à imprensa local e regional é, portanto, uma prioridade. A manutenção destes meios é fundamental para assegurar um escrutínio público eficaz da atividade autárquica e para a preservação de um regime democrático transparente.