Aquando da apresentação do Pacto Ecológico Europeu, por parte da presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, no Parlamento Europeu, o PAN e os Verdes Europeus pediram mais investimento em medidas diretamente relacionadas com o clima e uma clara estratégia Europeia em torno de energias 100% limpas e renováveis.
Nas declarações dos Verdes Europeus foi pedido que os acordos comerciais se vinculassem às metas do Acordo de Paris, nomeadamente o recente acordo da União Europeia com o Mercosul, que fossem os sectores mais poluentes a pagar a fatura do Fundo de Transição Justa, que se terminasse com os subsídios diretos e indiretos às indústrias baseadas em combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás), que a Política Agrícola Comum (PAC) fosse reestruturada, protegendo assim a biodiversidade e modos extensivos de produção alimentar, e que o Quadro Financeiro Plurianual (QFP) 2021-2027 tivesse pelo menos 50% das suas verbas diretamente relacionadas com ações e políticas climáticas, em vez dos singelos 25% propostos pela Comissão Europeia.
“Os Verdes Europeus querem também mais firmeza nas metas climáticas e pedimos que sejam alcançados 65% de redução de Gases de Efeito de Estufa já em 2030 e que a neutralidade carbónica seja atingida em 2040, 10 anos antes do proposto pela Comissão Europeia” afirma Francisco Guerreiro, eurodeputado do PAN.
Neste mesmo plenário foi também aprovada uma proposta dos Verdes Europeus para se debater já em janeiro uma recomendação do Parlamento Europeu sobre os compromissos a assumir pela Comissão para este Pacto Ecológico.
“Este Pacto Ecológico Europeu é fruto da pressão da sociedade civil e dos milhões de Europeus que querem ação climática e uma economia que funcione em prol do desenvolvimento responsável” disse o eurodeputado. “Este Pacto não será eficaz se não forem introduzidas medidas vinculativas e climáticas na política comercial internacional e se não se incluir revisões da PAC e do regime de comércio de direitos de emissão de dióxido de carbono [Emission Trading System]”, conclui Francisco Guerreiro.