No seguimento da divulgação de vídeos chocantes que mostram a brutalidade referente à morte de um touro em Monsaraz, o PAN questionou o Ministério da Cultura sobre o conhecimento, inspeção, fiscalização e apuramento de responsabilidades pela Inspeção Geral das Atividades Culturais (IGAC) de várias irregularidades identificadas, principalmente no que respeita à participação de crianças nas festas.
As festas com touros de morte em Monsaraz incluíram eventos ilegais: dois “encerros para crianças” e uma “aula prática de toureio” com alunos de escolas de toureio portuguesas (que continuam sem qualquer regulamentação). Estas situações foram denunciadas à IGAC e à Comissão Local de Proteção das Crianças e Jovens pela Plataforma Basta, sem que estas entidades se tenham pronunciado sobre as manifestas ilegalidades.
As imagens mostram um touro indefeso, amarrado pela cabeça, golpeado de forma bárbara por elementos indiferenciados da população que, a sangue frio, matam o animal com facas na arena do Castelo de Monsaraz, no passado dia 8 de setembro.
Em Portugal, as touradas de morte ainda são autorizadas pela IGAC em Barrancos e em Monsaraz como “como expressão de cultura popular”. Este tipo de “espetáculos” tauromáquicos implicam um nível de crueldade e de insensibilidade abissais, que ainda são mais chocantes pelo facto de nos vídeos expostos ser visível na assistência a presença de crianças, algo que incompreensivelmente a lei portuguesa permite ao legitimar que seja presenciado por crianças maiores de 3 anos (acompanhadas por adulto), tal como os restantes “espetáculos” tauromáquicos. Email