Lisboa

COVID-19: Um teste à nossa humanidade

Humanidade covid-19

Como disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, no seu discurso de 13 de março, “Como parte de nossa família humana, trabalhamos 24 horas por dia com os governos, fornecendo orientação internacional, ajudando o mundo a enfrentar esta ameaça. Estamos totalmente solidários consigo”.

Também nós, no PAN Lisboa, estamos solidários com todas e todos e não nos esquecemos das pessoas mais vulneráveis, como as pessoas idosas, as crianças, as vítimas de violência, as pessoas em situação de sem abrigo, entre outras que nesta situação sentirão ainda mais o peso do estigma e da discriminação! Não nos esquecemos também dos nossos fiéis companheiros de quatro patas, que neste novo contexto nos fazem tanta companhia e que precisam da nossa atenção, sendo da nossa responsabilidade acautelar o seu cuidado no caso de adoecermos.

Estamos a experienciar uma nova realidade que representa um verdadeiro desafio à nossa humanidade. Quem há dois meses não estava a pensar nas férias, em querer comprar uma casa nova ou mesmo naquela peça de roupa especial?

De repente tudo perdeu importância. Não queremos só viver, mas sobreviver. Queremos, acima de tudo,  que a nossa família e amigos não corram perigo de vida. Queremos que os nossos vizinhos estejam bem, e que os nossos colegas de trabalho e as suas famílias se mantenham protegidos.

Uma coisa é certa: estar confinado não é fácil e será um desafio para todos e todas, adultos e crianças, mulheres e homens. Muitas e muitos de nós estamos em casa com os filhos e filhas, juntando o teletrabalho com a tele-escola, a somar às tarefas domésticas.

Não menos importante, temos de nos lembrar e tentar ajudar os que mais precisam, não esquecendo as/os que possam ser vítimas de alguma forma de abuso (crianças, adultos, idosos), procurando denunciar esses casos se os pressentirmos. Neste momento é preciso mais calma, mais empatia, mais carinho, mais respeito, mais cuidado com o que dizemos e fazemos. É preciso mais amor. As nossas atitudes perante o outro moldam o nosso quotidiano, mas também os nossos próximos meses. Por mais exigente que possa ser ficarmos em isolamento social, longe de quem mais gostamos e sem os momentos
de lazer a que nos habituámos, lembremo-nos que esta pequena ação de prevenção é decisiva na evolução da Covid-19.

Junt@s somos, sem dúvida alguma, mais fortes e se até agora existiam dúvidas sobre se conseguiríamos fazer frente a alguns dos maiores desafios da atualidade, como as alterações climáticas ou a crise dos refugiados, estamos agora a provar que quando precisamos e queremos mesmo, consegui-mos!

Neste momento temos uma causa comum: unamo-nos por ela!