Agricultura, Mar e FlorestasAnimaisParlamento

PAN quer saber que medidas estão a ser tomadas para proteger animais selvagens em Monchique e Silves

Poucos dias volvidos do trágico incêndio que consumiu 27.635 hectares de floresta e terrenos agrícolas em Monchique, Silves, Portimão e Odemira poucas são as informações veiculadas pelo Ministério da Agricultura, pela Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) ou mesmo pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) sobre que meios estão no terreno para aferir o número de animais selvagens feridos ou mortos, que medidas estão a ser implementadas para garantir o seu reencaminhamento para centros de preservação da vida selvagem e que pontos de abeberamento e alimentação estão a ser montados nas zonas afetadas.

“A destruição da Serra de Monchique provocou uma pressão acrescida num ecossistema já de si muito fragilizado. O Governo tem que tomar medidas urgentes para garantir que os animais selvagens que sobreviveram ao incêndio não morram por falta de alimentação ou abeberamento”

Assim, o PAN questionou hoje o Ministério da Agricultura sobre que meios estão no terreno para fazer esta avaliação, como estão articulados e que medidas de urgência tem o Ministro Capoulas Santos em marcha para garantir o abeberamento e a alimentação de animais selvagens. Pese embora já tenham sido garantidas rações para animais de pecuária e apoios aos agricultores afetados desconhece-se se existirão apoios financeiros para as associações de proteção de vida selvagem que estarão a recolher animais feridos e quanto custará este apoio excecional a animais selvagens.

Em paralelo, surgem nas redes sociais imagens de animais selvagens aparentemente desorientados e sem vegetação para se alimentarem o que indicia falta de acompanhamento das autoridades responsáveis.

“A destruição da Serra de Monchique provocou uma pressão acrescida num ecossistema já de si muito fragilizado. O Governo tem que tomar medidas urgentes para garantir que os animais selvagens que sobreviveram ao incêndio não morram por falta de alimentação ou abeberamento” alerta Francisco Guerreiro, porta-voz do PAN.