MV – Qual foi a posição do PAN relativa à formação desta comissão?
MS – O PAN valoriza a transparência e as boas práticas como valores primordiais da gestão democrática. Muito embora não existissem, pelo menos da nossa parte, suspeitas de um comportamento menos ético por parte do executivo, mandava a simples e saudável boa prática da aprendizagem com os erros que os passos que levaram a este resultado inglório – ver-se cair o concurso da obra mais simbólica deste mandato – fossem convenientemente identificados por uma comissão do órgão fiscalizador da CML – a Assembleia Municipal de Lisboa.
Suspeitámos desde início que esta comissão iria ser um nado morto quer pela forma como esta comissão foi constituída quer quando o PS invalidou a audição dos funcionários da CML que participaram no lançamento dos concurso.
MV – E quando se apercebeu disso qual foi a resposta do PAN?
MS – Em comissão afirmámos, como aliás foi noticiado, que não participaríamos numa simulação de fiscalização e que não iríamos a mais nenhuma reunião da comissão. Não nos parecia correcto incorrer nos custos associados a uma reunião com dezenas de deputados para ouvir apenas um discurso do sr. Presidente da Câmara. Nessa reunião mais ninguém nos secundou e fomos agora confrontados com esta triste conclusão.
MV – Como se pode contrariar este estado de coisas?
MS – A nossa proposta vai no sentido de reforçar os poderes regimentais das comissões e dar-lhes poderes de inquérito. Assim os Lisboetas e portugueses em geral nos queiram manifestar a sua confiança em nós a 1 de Outubro.