Tal como no último debate que envolveu o líder do PAN, os temas centraram-se no ambiente, com foco na descarbonização. As áreas escolhidas em cada debate não são uma escolha de nenhum partido mas “matérias como o ambiente e o combate às alterações climáticas só se abordam quando está presente o PAN” afirma André Silva. Houve ainda oportunidade de discutir sobre o défice, onde o porta-voz do PAN salientou que “PS pretende reduzir a dívida face ao PIB, cuidar dos serviços públicos e ter excedente. Nós preferimos apontar para défice de 0,5% que nos permite uma margem de mil milhões para investimento público.”
“É essa a mensagem que temos de trazer aos portugueses, de que o futuro Governo será tanto mais competente se a oposição nesta matéria for competente” – André Silva
“Tem havido por parte do PS, nos últimos quatro anos, uma evolução positiva do PS nas matérias ambientais”, reconheceu André Silva, atribuindo esse avanço à oposição feita pelo PAN no Parlamento, que conseguiu levar os socialistas a tomar posições mais favoráveis ao ambiente. “E é essa a mensagem que temos de trazer aos portugueses, de que o futuro Governo será tanto mais competente se a oposição nesta matéria for competente”.
Mas André Silva refere também que o PS que hipotecar “as gerações futuras porque coloca a primazia do crescimento económico relativamente à conservação dos habitat e dos ecossistemas” dando o exemplo do ritmo demasiado lento de encerramento das centrais a carvão no país. e garante que “é perfeitamente possível do ponto de vista económico e de resiliência da rede” fechar as centrais de Pego e Sines até 2023.
O líder do PAN fala de uma “visão completamente distinta” em que a grande diferença é “este modelo económico de faz primeiro, remedeia depois”. “O PS não está a aproveitar, está a depredar os recursos e a pôr em causa a nossa sustentabilidade”. E dá exemplos no turismo ou no olival intensivo. “O PS está a transformar o Alentejo num olival intensivo com um gasto de água absolutamente excessivo que não é admissível num contexto de alterações climáticas”. António costa tentou rectificar o porta-voz do PAN, afirmando que André Silva estaria a dramatizar, mas numa tentativa de minimizar o problema que existe na região Alentejana, o líder do PS usou números incorrectos.
O PS está a transformar o Alentejo num olival intensivo com um gasto de água absolutamente excessivo que não é admissível num contexto de alterações climáticas – André Silva
Em matéria de turismo, os dois líderes divergiram, com António Costa a recusar as quotas propostas pelo PAN, quando André Silva defendeu medidas como a “definição da carga turística” para cidades como Lisboa e Porto, defendendo um turismo diversificado para “todo o país”, desde logo para dinamizar o interior.