Animais

Distrital do PAN Porto questiona o executivo da Câmara da Maia sobre o novo centro de experimentação animal

“Centro de Investigação para a Saúde Humana e Animal” ou Regresso ao Passado?

Após constantes ausências de informação e falta de transparência nesta matéria por parte do executivo, a Distrital do PAN Porto questionou o executivo da CM Maia sobre o “Centro de Investigação para a Saúde Humana e Animal”, nomeadamente naquilo que são as preocupações do PAN com o respeito pela implementação das diretivas europeias relativas à garantia do bem-estar animal na experimentação animal.

Questionamos:

  • Tendo sido mencionadas outras universidades que fazem parte do projeto, e sublinhada a sua importância para o setor agrícola da Maia, quem são os restantes parceiros do tecido empresarial?
  • Quais são os objectivos deste centro?
  • A investigação será realizada em animais de grande porte, especificamente, com que finalidades?
  • De que maneira a investigação neste centro vai estar relacionada com:
    • a saúde humana;
    • a produção agropecuária;
    • a relação fármaco-alimento.
  • E de que maneira vai dar resposta a preocupações de várias áreas do mercado?
  • Sendo um investimento avultado onde a autarquia cede 5 hectares do seu território qual será o retorno concreto para os maiatos? Em que medida foram ouvidos? Esta é uma das prioridades na resolução dos problemas da Maia?
  • Uma vez que as três valências do projeto (investigação na saúde humana, na saúde animal e cirurgia experimental em cavalos) assentam no uso laboratorial de animais, como fica assegurada a transparência das garantias de bem-estar animal: quantos animais serão alvo de experimentação, de onde virão e como ficarão acomodados?
  • Apesar de ter sido feita a promessa de este projeto se preocupar num modo “holístico” com a “saúde do planeta”, como é possível persistir na aposta na pecuária, sobejamente conhecida pelo seu impacto nas alterações climáticas?
  • Admitindo a benignidade da cirurgia experimental em cavalos, por que razão, em pleno século XXI, se insiste em basear a investigação da saúde humana na experimentação animal, quando começam a ser cada vez mais comuns métodos mais fidedignos como os matemático-estatísticos e a reprodução e a cultura de células humanas?
  • Como é que pode ser caracterizado “um projeto ambicioso” se não há uma menção, por mínima que seja, ao investimento em métodos alternativos de investigação científica previstos, desde 2010, nas diretivas europeias baseados nos verdadeiramente pioneiros 3R (Replacement, Reduction, Refinement)?
  • Em suma, como é que se apregoa o futurismo deste projeto quando é notório um regresso ao passado em matéria ambiental, animal e humana?