AçoresLocalidadePANParlamento AçorianoSaúde e Alimentação

PAN/Açores defende reforço das medidas para prevenção da toxicodependência

O PAN/Açores votou favoravelmente a iniciativa que recomenda ao Governo a implementação de medidas para o reforço da prevenção e combate da toxicodependência, principalmente junto dos mais jovens.

Os Açores apresentam-se como a região do país com as mais elevadas taxas de consumo de substâncias psicoativas, sendo os dados sobre os padrões de consumo ainda mais preocupantes, principalmente nas faixas etárias mais novas.

O flagelo da toxicodependência tem vindo a agravar-se, com o aumento dos consumos das designadas Novas Drogas Psicoativas, com graves danos e sequelas para os consumidores, e consequente crescimento do sentimento de insegurança junto da população.

“A prevenção primária é determinante para a dissuasão dos consumos e inversão do rumo que tem vindo a sido traçado.”, defende o Deputado Pedro Neves, acrescentando ser necessário “Promover a literacia em saúde, principalmente junto dos mais jovens, para
mitigar os factores e comportamentos de risco”.

Durante o debate, o parlamentar do PAN/Açores lembrou que, apesar do investimento que tem sido alocado à intervenção nesta área, quer no passado, quer no presente, têm sido tomadas sucessivas decisões que não garantem uma ação concertada e um trabalho contínuo no tratamento das dependências.

Exemplo disso é o centro de reabilitação do Solar da Glória que foi inicialmente projectado em 2008, custando mais de 2 milhões de euros, mas que esteve em funcionamento por um período de cinco meses, entre Novembro de 2019 e Abril de 2020, e que agora será transformado em unidade de cuidados continuados.

“Os novos hábitos e padrões de consumo exigem uma intervenção mais concertada. Apesar de todo o trabalho que se encontra já em implementação, é necessário reforçar os recursos humanos, os meios de referenciação e torná-los mais céleres”, defende o Deputado Pedro
Neves, face o tempo médio de espera para início de tratamento que se tem vindo a registar nas Casas de Saúde da região e no encaminhamento para comunidades terapêuticas.”