- PAN/Açores quer melhorar a taxa de cobertura de vacinação de HPV em adolescentes
- PAN/Açores recomenda aumentar a eficácia do rastreio do cancro do colo do útero nos Açores
- PAN/Açores pretende imunizar a população feminina não prevista no Plano de Vacinação
O PAN/Açores entregou esta semana na Assembleia Legislativa uma proposta que tem como principal meta a melhoria da prestação de serviços de saúde às mulheres açorianas.
O PAN/Açores pretende, sobretudo, reforçar as medidas para a irradicação do vírus do papiloma humano e alargar o universo de mulheres vacinadas.
O partido que tem, assumidamente, uma posição de grande proatividade e diligência em medidas em prol da saúde dos açorianos, área especialmente problemática na Região pela realidade arquipelágica e pelos sucessivos anos de desinvestimento, vem apresentar, agora, uma medida essencialmente dirigida às jovens e mulheres e à prevenção primária.
O cancro do colo do útero é uma neoplasia maligna frequente na população feminina e está quase invariavelmente associada à infecção crónica pelo HPV, considerada uma doença sexualmente transmissível. Há diversas variedades de HPV com maior risco demonstrado de progressão para a doença oncológica.
A prevenção primária consiste na vacinação, que tem uma eficácia quase total, e a prevenção secundária passa pelo exame ginecológico periódico para detecção de lesões pré-malignas, que em muitos casos requerem a sua extirpação.
A doença, após a cura completa ou a remoção de células infectadas, não confere imunidade, ao contrário da vacina.
A vacina faz parte do plano regional de vacinação há mais de uma década e incide sobre as adolescentes jovens, tendo, como tal, ficado fora as adolescentes mais velhas e mulheres adultas que, para se imunizarem, têm que suportar o custo financeiro da mesma.
O PAN/Açores propõe, assim, melhorar as metas da cobertura vacinal e aumentar a eficácia do rastreio do cancro do colo do útero. Mais ainda, pretende que a imunização abranja as restantes mulheres não incluídas no Plano Regional de Vacinação sem doença activa e, sobretudo, as que já sofreram lesões pré-cancerígenas e tratamento cirúrgico.
“O PAN/Açores tem uma preocupação acrescida com a interrupção dos rastreios durante o período da Pandemia e, igualmente, pela falta de médicos de família na Região, a quem compete o procedimento de convocar as mulheres entre os 25 e 64 anos para os rastreios, mais ainda quando está em causa a sua saúde e vidas”
Pedro Neves
“O facto de surgirem cerca de 20 novos casos anuais nos Açores, cifra que se tem mantido constante, demonstra uma certa ineficiência do sistema”
Pedro Neves