EducaçãoPANPorto

PAN expõe falta de auxiliares de ação educativa no distrito do Porto

Auxiliares de Educação

Na audição ao Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, a deputada do PAN Bebiana Cunha sinalizou vários problemas associados à falta de profissionais nas escolas, determinantes para o seu bom funcionamento, referindo alguns exemplos do seu distrito do Porto.

Onze escolas do agrupamento escolar de Canelas, Vila Nova de Gaia, encerraram por falta de pessoal e a contratação de pessoal a part-time não solucionou o problema. A escola Eugénio de Andrade, referência para a Educação Bilingue de Surdos na Área Metropolitana do Porto, reabriu com cerca de 70 alunos sem ginásio e bar abertos e sem transporte escolar, uma vez que o agrupamento apenas teve autorização para abrir concurso público a 13 de setembro, 3 meses após o esperado. A escola básica Costa Cabral, no Porto, encerrou a 28 de novembro por ter apenas 6 funcionários para os 320 alunos.

“O actual número destes profissionais não se adequa à realidade das escolas, uma vez que tem em conta o número de estudantes, mas ignora outros elementos essenciais. É necessária uma métrica com base na realidade, como a dimensão e características dos territórios, bem como as características das comunidades educativas, fundamental para a satisfação das necessidades efectivas permanentes.” – refere Bebiana Cunha, deputada do PAN eleita pelo distrito do Porto.

Para o PAN, é igualmente urgente a aposta forte em formação específica, nomeadamente para os profissionais que acompanham diariamente crianças e jovens com necessidades educativas adicionais e específicas. “Para a construção de uma escola inclusiva, é necessário que estas sejam acompanhadas por profissionais qualificados já que, caso contrário, corremos o risco de colocar em causa a saúde e bem-estar das crianças, dos jovens e dos contextos educativos.” – declarou a deputada do PAN.

O Ministro anuiu à revisão da portaria que estabelece o número destes profissionais nas escolas. “O PAN tem estado sempre disponível para a construção de pontes com o Governo. Contudo, para construir pontes são necessários alicerces e a contratação de profissionais da educação em número adequado às necessidades e a valorização dos mesmos são essenciais. Este é um debate que se fará agora em sede de Orçamento do Estado” – acrescentou Bebiana Cunha.