O PAN tem defendido desde sempre a bicicleta como um meio de transporte alternativo e viável. Para tal, a utilização da bicicleta deve ser cuidada (observada e projetada), as vias usadas sejam pensadas de forma que não conflituam com outras passagens e movimentos entre passeios e ciclovias.
Sejam analisadas e avaliadas as soluções de ciclovias já implementadas e sejam detetados os eventuais “black spots”.
Porém, antes de tudo é necessário colmatar pequenos “atritos” que existem e continuarão a existir se não sofrer algumas mudanças e alterações da postura existente entre o peão e o ciclista nas vias cicláveis e passeios.
O PAN, já em Fevereiro do ano anterior, em 2017 apresentou à Câmara Municipal de Lisboa a recomendação “Por todos: Melhorar as condições de segurança das ciclovias” à qual apelava à minimização das situações de risco, assim como fossem consultadas entidades especialistas na matéria para validação das soluções propostas.
Em 2018, reiteramos que sejam tomadas medidas para a resolução deste problema.
Além de que, podemos considerar também na mesma recomendação, em que as ciclovias (existentes e a projetar) devam ser integradas em redes alargadas às áreas metropolitanas, coordenando as ciclovias dos distintos municípios e permitindo a existência de percursos de maior distância, de modo a assegurar percursos intermunicipais e regionais com a devida sinalização.
Em face do exposto, vem o Grupo Municipal do PAN propor que a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua Sessão Ordinária de 26 de junho de 2018, delibere recomendar à Câmara Municipal de Lisboa, ao abrigo do disposto na alínea c) do artigo 15.º conjugado com o n.º 3 do artigo 71.º ambos do Regimento, a adoção das seguintes medidas:
a) Criar uma campanha de sensibilização e respeito pelas normas de circulação, quer pelos peões quer por ciclistas nas vias cicláveis;
b) Estudar a viabilidade de alterar ou adequar a sinalética de modo a que fique mais percetível para os diferentes utilizadores das vias (cicláveis e passeios);
c) Promover um levantamento das situações de falta de ligação pedonal e ciclável entre áreas/ zonas da cidade;
d) Garantir a continuidade dos passeios eliminando os “vazios” nos percursos pedonais, com especial incidência nas ligações entre zonas da cidade e junto das grandes infraestruturas, como as vias rodoviárias de acesso à cidade.
Lisboa, 26 de junho de 2018
Pessoas – Animais – Natureza
(GM PAN)
Miguel Santos Inês de Sousa Real
(Deputados Municipais)