LisboaSaúde e Alimentação

Assembleia de Lisboa aprova medidas para promover alimentação saudável no município

  • Portugal é um dos países onde se verifica uma maior taxa de envelhecimento da população, contribuindo para o aparecimento de novos problemas de saúde.
  • Portugal apresenta uma das mais elevadas prevalências de hipertensão arterial na Europa (3 em cada 10 portugueses) e os hábitos alimentares inadequados contribuem para a perda de 15,4% dos anos de vida saudável da população portuguesa.
  • Considerando que estas doenças podem ser em grande parte prevenidas pela adoção de estilos de vida mais saudáveis, onde se inclui uma alimentação equilibrada, o Grupo Municipal do PAN apresentou ontem em Assembleia Municipal uma recomendação que foi votada por pontos, todos aprovados por maioria, para a promoção eficaz de hábitos alimentares saudáveis para uma vida com mais qualidade no município.

Lisboa, 19 de fevereiro de 2020 – O Grupo Municipal do PAN apresentou ontem, em Assembleia Municipal, uma recomendação com medidas concretas para a promoção de uma alimentação mais saudável no município de Lisboa, que foi aprovada. 

A elaboração de um diagnóstico da situação nutricional e alimentar da população e de uma Estratégia Municipal de Intervenção Alimentar e Nutricional; a criação de campanhas de sensibilização e de formação para a prevenção da doença e para o aumento da literacia alimentar; um programa de aulas de culinária com receitas saudáveis; a identificação na comunidade de casos de malnutrição que leve à intervenção de uma equipa multidisciplinar e ainda ações de sensibilização para o desperdício alimentar são algumas das medidas que foram ontem aprovadas em Assembleia Municipal.

Para o PAN, estas medidas são fundamentais considerando o atual panorama demográfico e de saúde no nosso País. Portugal é um dos países onde se verifica uma maior taxa de envelhecimento da população, contribuindo para o aparecimento de novos problemas de saúde, assumindo as doenças crónicas um peso crescente, como a obesidade, diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares. Torna-se, por isso, essencial a implementação de políticas de prevenção da doença e de promoção de uma vida saudável. 

As práticas alimentares contribuem para que Portugal apresente uma das mais elevadas prevalências de hipertensão arterial na Europa (3 em cada 10 portugueses), constituindo o principal fator de risco de patologia cardiovascular, com relevo para os acidentes vasculares cerebrais (AVC). Em média, morrem diariamente em Portugal 100 indivíduos com doenças cérebro-cardiovasculares, mortes que poderiam ser evitadas com uma alteração de comportamentos de risco, como seja o consumo abusivo de sal. 

Segundo o Retrato da Saúde 2018, relatório do Serviço Nacional de Saúde, os hábitos alimentares inadequados contribuem para a perda de 15,4% dos anos de vida saudável da população portuguesa. Mas os números não se ficam por aqui: 5,9 milhões de portugueses têm excesso de peso, destacando-se a preocupante prevalência nas crianças, com 30,7% das crianças portuguesas com excesso de peso e 11,7%  obesas, dados do estudo Childhood Obesity Surveillance Initiative 2016.

Estas doenças e estes números assustadores podem ser em grande parte prevenidos através da adoção de estilos de vida mais saudáveis, onde se inclui uma alimentação equilibrada. Uma vez que o poder local detém uma proximidade com os cidadãos e cidadãs vantajosa, o Grupo Municipal do PAN acredita que esta dever ser tida como uma ferramenta para facilitar mudanças de atitudes e comportamentos.

Consulte a recomendação na íntegra aqui: https://www.am-lisboa.pt/302000/1/013732,000422/index.htm