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Comunicado – Saída do Eurodeputado do PAN

Comunicado - Saída do Eurodeputado do PAN

Este é um episódio que, infelizmente para a democracia, tem precedentes com a saída de outros eurodeputados de outros partidos em anos anteriores.

https://www.youtube.com/watch?v=-Vf0b7eFpd4

É com profunda desilusão que constatamos a saída do Francisco Guerreiro do PAN e o início do seu processo de independência como Eurodeputado.

Esta postura não se adequa e está em contraciclo em relação aos princípios de atuação e valores do PAN, enquanto partido fundado na base da cooperação e da construção de pontes e que privilegia a promoção de um diálogo interno constante.

Durante este primeiro ano, após a conquista política que permitiu a eleição do Eurodeputado, foram várias as tentativas de diálogo por parte das estruturas do PAN junto do mesmo.

Como é do conhecimento dos nossos concidadãos/ãs, dos filiados/as e apoiantes do PAN, o partido tem apostado num caminho de ação política íntegra, ultrapassando divergências, adversidades políticas e mediáticas, associadas ao crescimento de uma estrutura que tem vindo a mudar a forma de pensar e de fazer política em Portugal.

A saída do Eurodeputado vem defraudar compromissos assumidos perante cada um dos filiados/as e eleitores que, em 2019, se mobilizaram com uma força imensa em torno dos objetivos propostos e do projeto do partido. Isto acontece não por vontade própria do partido mas pela conduta adotada pelo Eurodeputado.

Este é um episódio que, infelizmente para a democracia, tem precedentes com a saída de outros eurodeputados de outros partidos em anos anteriores. 

Atendendo a que a eleição de um Eurodeputado PAN resulta de uma proposta e do trabalho coletivo do partido, seria expectável que esta posição fosse entregue ao partido, numa linha de coerência e de respeito pelo eleitorado, que se reviu na visão do PAN.

Aproveitamos ainda para esclarecer que relativamente aos motivos que foram apontados pelo Eurodeputado para a sua saída, que desde logo assenta numa premissa errada, não se pode confundir a independência política que qualquer eleito tem, quando o que está em causa é a adoção de uma postura de ausência de articulação das decisões e estratégias políticas europeias com os órgãos internos do partido, numa atitude total de individualização do mandato. 

Menos compreensível ainda é o argumento de que terá havido um “afastamento de alguns dos princípios fundadores do partido”, quando o caminho que tem sido feito pelo partido é o de dar cada vez mais força às causas que formam o ideário do PAN, o que nos permitiu importantes conquistas, que visam, entre outros,  mais e melhores respostas sociais paras as pessoas mais vulneráveis, mais proteção para os animais e a prossecução de políticas ambientais efetivas, sem esquecer o importante contributo do PAN para uma mais completa e justa  resposta socioeconómica à crise COVID-19. 

Também não corresponde à verdade que tenha havido qualquer obstaculização à discussão sobre as propostas referentes ao Rendimento Básico Incondicional e aos rendimentos básicos de emergência, pelo que o Partido continuará as suas discussões e os trabalhos sobre estas matérias, lembrando que no programa eleitoral já estava plasmada uma medida relativa ao projeto piloto.

Ao mesmo tempo, e ao contrário do que é afirmado, o PAN não se tem coartado de fazer as suas críticas ao Governo chinês, mas considera que há de facto alturas mais adequadas para o fazer, não confundindo os povos da China com as decisões políticas do seu Governo.

Paralelamente foi afirmado de que haveria um incentivo do PAN à militarização, o que não corresponde à verdade, não se podendo confundir a defesa dos direitos dos militares das forças armadas, bem como a necessidade existente do número de efetivos que as integram cuja missão interna e externa de manutenção da paz, apoio às populações, combate aos incêndios e missões humanitárias não pode ser descurada.

Certo é de que o PAN não abandonará o seu compromisso para com o projeto europeu e para com a visão que tem para o país. 

E é tão-somente esta a prioridade para o PAN: mesmo em adversidade, cumprir o seu desígnio enquanto partido – colocar na agenda política temas que tendiam a estar afastados do debate político e social e implementar medidas que concretizam a nossa mundivisão de uma sociedade mais justa, harmoniosa e ecologicamente equilibrada. 

Contudo, não deixaremos de ver neste momento político da vida do partido uma oportunidade de crescimento, renovação interna e apresentação de novos atores que consigam conceber junto dos cidadãos uma estratégia local, nacional e europeia realista, consequente e de longo prazo.

Contamos com o apoio de todas e todos. Obrigad@.

Comissão Política Permanente do partido PAN – Pessoas-Animais-Natureza