O Relatório de 2020 do “Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável | PNAS” evidencia a tendência crescente da proporção de utentes com registos de pré obesidade e obesidade nos Cuidados de Saúde Primários, e durante esta crise sanitária “quase metade da população inquirida (45,1%) reportou ter mudado os seus hábitos alimentares durante este período e 41,8% “tem a percepção de que mudou para pior”.
Também o Relatório do perfil de saúde de Portugal em 2019, da iniciativa Estado da Saúde na UE refere que mais de um terço de todas as mortes em Portugal podem ser atribuídas a fatores comportamentais, sobretudo maus hábitos alimentares, tabagismo e consumo excessivo de álcool.
A obesidade adulta é mais elevada do que a média da UE, atingindo 15,4% em 2017.
A necessidade de reforço de nutricionistas para o SNS, já identificada em anos anteriores. Por este motivo, é da máxima importância que o Orçamento de Estado contemple a nutrição como fator chave para melhorar a saúde da população, para garantir o direito humano a uma alimentação adequada, o que só é possível se a população tiver acesso a alimentos saudáveis suficientes e se o Estado promover a literacia alimentar da população.
Para o efeito, atendendo à importância dos nutricionistas na prevenção da doença e redução da despesa pública através da sua ação preventiva, importa garantir a presença destes profissionais em todos os sectores do Estado que, direta ou indiretamente, influenciam a situação alimentar.