A iniciativa do PAN/Açores que insta o Executivo açoriano a implementar o rastreio do cancro do pulmão na Região foi aprovada hoje, por unanimidade, na Assembleia Legislativa Regional dos Açores.
“Esta é uma vitória inegável para os Açores e para os açorianos, tornando-nos pioneiros na implementação de um rastreio do cancro do pulmão. A aprovação desta iniciativa vem reforçar a vontade do partido em priorizar a Saúde, procurando reverter os maus indicadores que vêm sendo registados na Região.”
Pedro Neves
O cancro do pulmão assume um lugar de destaque como causa de morte por cancro nos Açores, registando um elevado índice de mortalidade, com uma prevalência de 97 casos por 100 mil habitantes, segundo os dados do Registo Oncológico Nacional (RON). Estes dados revelam um notório diferencial comparativamente com os dados obtidos no restante país, sendo o tabagismo o principal factor de risco para o desenvolvimento da neoplasia maligna do pulmão.
A incidência do consumo de tabaco nos Açores é superior à média registada a nível nacional, o que na opinião do Deputado Pedro Neves “É uma realidade que representa um problema de saúde pública”, reiterando ser “Indissociável a forte correlação entre o tabagismo e a prevalência do cancro do pulmão”.
Em consonância com os dados estatísticos do Inquérito Nacional de Saúde de 2019, verificou-
se que 21% da população açoriana com 15 ou mais anos consome diariamente tabaco, onde o hábito de fumar é mais comum em homens (31%) do que em mulheres (12%).
Com a aprovação deste Projecto de Resolução do PAN/Açores será agora possível a detecção precoce do cancro do pulmão por meio da implementação do rastreio na população de alto-risco, reforçando ainda a prevenção primária em saúde com o aumento das iniciativas preventivas do tabagismo e agravamento fiscal da tributação do tabaco.
Com a instalação de aparelhos de TAC nas ilhas das Flores e Corvo, conforme anunciado pela Secretária da Saúde no decorrer da discussão do diploma do PAN/A, o partido entende que o Governo Regional possui todas as condições para concretizar a recomendação do PAN/A, sobretudo após a Diretiva Europeia que estabelece o financiamento dos estados- membro que implementem planos inovadores de rastreio ao cancro do pulmão.
“Aplicar o princípio da precaução é fundamental, sobretudo quando falamos de uma condição que representa uma das principais causas de morte na Região. Intervir na primeira linha, através da prevenção e de dissuasão é crucial para a detecção e tratamento precoce de lesões pulmonares malignas.”
Pedro Neves