No dia 21 de março comemora-se o Dia Internacional das Florestas como forma de alertar para a importância destes ecossistemas.
Este dia começou a ser celebrado quando a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou a resolução A/RES/67/2000[1], a 20 de dezembro de 2012, declarando 21 de março de cada ano o Dia Internacional das Florestas. Pretende-se, desta forma, reconhecer a contribuição nacional, regional e internacional das ações que reforçam o papel das florestas e das árvores não incluídas nas florestas, a todos os níveis (gestão, conservação e desenvolvimento), bem como o benefício dessas ações para as gerações presentes e vindouras, destacando ainda o facto de já existirem, à data, diversas celebrações locais relacionadas com as árvores ou com as florestas.
Em 2019 o dia da floresta foi dedicado à Educação, pretendendo chamar a atenção para a ligação entre o nosso quotidiano e a as florestas em situações que nos passam despercebidas, como beber água, escrever num caderno ou construir uma casa.
As florestas, o uso dos seus produtos e a sua gestão sustentável ganham cada vez mais relevância num planeta em rápida mudança climática e demográfica, numa altura em que os ecossistemas se revelam tão frágeis.
Em 2020 o tema escolhido é a Floresta e a Biodiversidade e as mensagens chave são:
– As florestas são o lar de cerca de 80% da biodiversidade terrestre;
– As florestas e os bosques são constituídos por 60 000 espécies de árvores;
– Mais de um bilião de pessoas depende diretamente das florestas para alimentação, abrigo, energia e sustento;
– A diversidade genética ajuda a floresta a lidar com as alterações climáticas e com outras ameaças;
– A biodiversidade está sob séria ameaça devido à desflorestação, degradação da floresta e alteração climática;
– Gerir as florestas de forma sustentável, e restaurá-las quando necessário, é crucial para as pessoas, para a biodiversidade e para o clima.
Relembramos ainda que hoje, em Lisboa, temos o Parque Florestal de Monsanto, que ocupa aproximadamente uma área global de 1045 hectares, quando em 1938 não existia coberto arbóreo na serra. Esta era apenas pontuada por algumas formações de porte arbóreo dispersas, não tendo a sua arborização sido uma tarefa fácil. Não existindo outro exemplo com esta dimensão semelhante em Portugal ou mesmo na Europa, o Grupo Municipal do PAN propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa delibere ao abrigo do artigo 25.º, n.º 2, alínea k) do Anexo I da Lei n.º 75/2013:
a) Saudar o Dia Internacional das Florestas;
b) Saudar e homenagear todas as associações não governamentais ambientais, em particular as de Lisboa, e todos os movimentos cívicos em prol do ambiente pelo seu esforço e dedicação para contribuir para uma planeta melhor;
e) Homenagear todas as pessoas singulares que participam, avisam e alertam para as diferentes situações que ocorrem na cidade, em particular no Parque Florestal de Monsanto, para que cada uma e cada um de nós, eleitas e eleitos, possamos fazer melhor o nosso papel em prol da defesa da natureza, ajudando-nos neste compromisso com a cidade;
f) Enviar o presente voto de saudação às associações ambientais, zoófilas e aos movimentos cívicos de proteção animal e de proteção ambiental.
Lisboa, 2 de março de 2020,