Em 1988 começou a abordagem de rua às pessoas mais vulneráveis e em 1989 a Comunidade Vida e Paz viria a obter a aprovação canónica e o reconhecimento como pessoa coletiva de utilidade pública. Nesse ano, celebrou também a sua primeira festa de Natal com as pessoas em situação de sem abrigo e teve a sua sede provisória nas instalações da Cáritas em Lisboa.
Este ano celebra, assim, 30 anos enquanto organização ao serviço de todas as pessoas vulneráveis regendo-se, hoje e desde o seu início, por princípios católicos mas também universais, sendo central na sua atuação a Dignidade da Pessoa Humana, independentemente da sua etnia, credo ou nacionalidade.
Com uma atuação sempre focada nas pessoas socialmente excluídas, sobretudo nas que se encontram na condição de sem abrigo, a Comunidade Vida e Paz procura encontrar respostas de encaminhamento através da prevenção, reabilitação e reinserção, tendo por objetivo a sua autonomização plena, sempre que esta é possível.
Tendo em consideração que as pessoas em situação de sem abrigo não são um conjunto homogéneo mas antes pessoas com percursos distintos que carecem de respostas também elas distintas, a Comunidade Vida e Paz tem procurado encontrar também uma grande diversidade de respostas. Hoje, tem programas que vão desde as comunidades terapêuticas aos apartamentos partilhados ou aos programas de acompanhamento pós alta, dos quais beneficiam mais de 100 pessoas, passando ainda por formação através da qual procuram dotar as pessoas das competências necessárias para a sua reintegração.
O Grupo Municipal do PAN propõe, assim, que a Assembleia Municipal de Lisboa, reunida na sua Sessão Ordinária de 26 de fevereiro de 2019, delibere:
- Saudar a Comunidade Vida e Paz, Instituição Particular de Solidariedade Social, pelos 30 anos de entrega e de dedicação à comunidade, especialmente às pessoas em situação de sem-abrigo ou em situação de vulnerabilidade social;
- Remeter este voto de saudação à Comunidade Vida e Paz.
Lisboa, 18 junho 2019
O Grupo Municipal do Pessoas – Animais – Natureza
Miguel Santos Inês de Sousa Real