Sem a liberdade que nos trouxe o 25 de Abril não seria possível, também hoje, saudar o 1º de Maio.
Foi durante o Estado Novo que o 1.º de Maio foi ostracizado, mas oito dias após o sonho de Abril, o 1.º de Maio despertou do sono longo a que se encontrava obrigado.
Porém, algumas das reivindicações laborais que se fizeram ouvir no século XIX permanecem até aos dias de hoje, encapotadas sob outras vestes, é certo, mas que obrigam todos os portugueses a reivindicarem mais e melhor.
Exigem-se nas ruas melhores condições de trabalho, salários justos e adequados, num país cujo salário médio é o sexto mais baixo dos países da OCDE.
Maior compatibilização de horário laboral com a vida pessoal e familiar, salário igual para trabalho igual, sem descriminação do género de quem o executa, o direito de não ser explorado, o direito à estabilidade, pondo fim a vínculos precários, o direito a não sofrer de assédio sexual ou moral, a imposição do medo, a descriminação com base em género, orientação sexual, convicções políticas ou religiosas.
Foram 48 anos de conquistas, mas a luta tem e deve continuar.
Assim, o Grupo Municipal do PAN propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua sessão extraordinária de 27 de Abril de 2022, delibere:
- Saudar os 132 anos do 1º de Maio e todas/os as/os trabalhadoras/es que trabalham em Portugal;
- Saudar todas e todos os que lutam por uma sociedade mais justa, igualitária e solidária.
O Deputado Municipal
do Pessoas – Animais – Natureza
António Morgado Valente